O que é privacidade?
É difícil definir o conceito de privacidade com exatidão, mas intuitivamente sabemos quando ela está sendo ameaçada ou infringida. Em um contexto digital, pode-se saber o que está acontecendo com a sua informação, onde ela está sendo armazenada e como está sendo utilizada. Isso pode incluir você ter a possibilidade de exercer controle sobre sua informação – removê-la completamente da internet ou controlar quem pode vê-la, e pode ter a ver com a possibilidade de bloquear ameaças à sua privacidade ao controlar qual informação você dá. Além disso, pode ter a ver com controlar quem te contata e para qual propósito.
Há uma crise de privacidade?
Como dito por Andrew Lewis, se você não estiver pagando, então você não é o consumidor, mas sim o produto a ser vendido.
Nesse contexto, com o auxílio de uma série de eventos amplamente noticiados, os usuários da internet estão se tornando cada vez mais cientes das ameaças que a vida online pode significar para sua privacidade:
- Entenda o caso de Edward Snowden, que revelou espionagem dos EUA;
- Snowden revelou que uma vigilância em massa patrocinada pelo governo (em inglês);
- A Cambridge Analytica colheu milhões de dados de usuários do Facebook.
Ato de Privacidade
No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados entrou em vigor no ano de 2020 e regulamenta o controle que os cidadãos possuem sobre suas informações pessoais. A lei categoriza certas informações pessoais como “dados sensíveis” e estipula que organizações deem um nível maior de proteção. Exemplos de “dados sensíveis” incluem:
- Afiliação política ou religiosa;
- Orientação sexual;
- Raça.
A lei também diz o que deve acontecer caso os dados de uma organização sejam infringidos e quando a organização deve te notificar. O Código de Ética da Universidade de São Paulo tem um capítulo sobre Registro de Dados.
Spam
No Brasil, não há nenhuma lei específica sobre o envio de spam. Porém, alguns especialistas defendem a possibilidade de promover ações contra os remetentes de spam. O spam é definido como o envio de mensagens não solicitadas e não consentidas.
Por exemplo, você pode consentir com mensagens comerciais ao passar seu contato preenchendo um formulário, pelo telefone ou durante uma interação presencial. Mesmo que você tenha dado consentimento, todas as mensagens devem incluir a possibilidade de cancelamento de inscrição.
Cinco passos para proteger sua privacidade
1. Limite a quantidade de informações pessoais que você compartilha online
O modo mais simples de proteger sua privacidade online é, primeiramente, limitar a quantidade de informações que você compartilha. Seja especialmente cuidadoso ao compartilhar informações pessoais (data de nascimento, endereço, número de telefone).
2- Compartilhe informações por canais apropriados
Algumas ferramentas online não são ambientes apropriados para o compartilhamento de informações. Por exemplo, informações pessoais geralmente não devem ser compartilhadas em serviços ou sites não criptografados. Para melhorar a segurança das suas informações, talvez você queira configurar uma rede privada virtual (VPN), que cria uma conexão ponto-a-ponto segura. Para te ajudar, veja como acessar o VPN USP em Conexão Remota – VPN USP.
3- Crie senhas fortes e variadas em diversos serviços e plataformas
Veja a animação sobre gerenciamento de senhas e pense em usar senhas fortes. Evite a opção de se cadastrar em sites de terceiros através da conta do Facebook, pois existem alguns problemas de segurança e privacidade que podem ocorrer com esse método de autenticação.
4- Reveja as suas configurações do navegador e as configurações das redes sociais
As configurações do seu navegador podem ser ajustadas para dar proteção extra contra cookies e rastreadores. Elas também ajudam a excluir com regularidade as cookies que você pode ter coletado durante sua navegação.
Leia nosso módulo Redes Sociais para mais informações sobre como proteger sua rede social. Também saiba mais através da Lei de Proteção de Dados.
