IA- emocionante para alguns, assustador para outros

IA- emocionante para alguns, assustador para outros

O modo como a IA tem sido utilizada vem mudando nossas vidas, porém algumas preocupações éticas e industriais acompanham o tema. A rapidez na pesquisa e desenvolvimento de IA tem fez surgir muitos dilemas éticos. Alguns exemplos são:

Veículos autônomos

Uma das maiores preocupações com os veículos autônomos é a tentativa de decidir ou decifrar as decisões que os carros farão em certas situações. O Problema de Trolley é um problema filosófico que tem sido ponderado por décadas e que permite compreender um pouco alguns tipos de preocupações criadas pelos veículos autônomos. É ele: “Um carrinho sem controle está descendo a pista. Ele não tem freios e não pode ser parado. A pista se divide e há uma alavanca que controla a pista que o carrinho irá trilhar. Em uma das pistas há 5 operários e na outra há um amigo ou parente. Se você puxar a alavanca, salvará os cinco operários, mas condenará seu amigo/parente. Você puxará a alavanca?”.

A Amazon emprega uma IA

A Amazon criou uma IA para ajudar a diminuir as aplicações aos empregos que eles anunciam. A IA foi desenvolvida para extrair 100 dos currículos e reduzir aos 5 melhores para recrutadores entrevistarem. Entretanto, antes de ser completamente implementada e depois de sofrer vários testes, descobriram que a IA tinha um viés de gênero, pois beneficiava os homens, por causa dos dados que ela estava utilizando: as contratações bem-sucedidas dos últimos 10 anos. Já que se privilegiavam os homens na indústria de tecnologia, a IA estava injustamente desvalorizando as mulheres e ocasionando que qualquer uma que se identificasse como “mulher” na submissão de seu currículo, estaria prejudicada.

Nesse contexto, a referida IA escaneou os dados, buscando padrões e similaridades, e aplicou as lições aprendidas à sua tarefa, porém faltava a ela as nuances ou regras para não avaliar baseada em gênero etc.

Futuro dos empregos – caixas automáticos, chatbots etc.

Sendo a IA capaz de fazer várias tarefas, ela tem o potencial de substituir um humano. Isso cria algumas incertezas sobre o futuro em algumas empresas, já que a IA pode potencialmente tirar o lugar de humanos no trabalho para aquele tipo de tarefa ou necessidade.

Gerador de fake news

A OpenAI desenvolveu um modelo chamado GPT-2, que pode gerar parágrafos de textos coerentes sem ser supervisionado. Há um artigo que discute seus usos e possui vários exemplos mostrando suas capacidades. Para uma perspectiva bem detalhada de como esse modelo funciona, leia o artigo completo: Modelos de linguagem são aprendizes multitarefa não-supervisionados, que foi publicado pela equipe da OpenAI, Alec Radford, Jeffrey Wu, Rewon Child, David Luan, Dario Amodei e Ilya Sutskever.

As amostras ilustram como é possível dar uma ou duas sentenças ao modelo, e então produzir histórias completamente inventadas, mas com detalhes consistentes a partir das informações dadas.

Abaixo há uma das amostras do modelo GPT-2 gerando parágrafos de texto a partir de uma pequena amostra:

Contexto (escrito por um humano): Numa descoberta chocante, um cientista descobriu uma manada de unicórnios vivendo num vale remoto, inexplorado, nas montanhas do Andes. Ainda mais surpreendente para os pesquisadores foi o fato de os unicórnios falarem inglês perfeitamente.

GTP-2: O cientista nomeou essa população, devido ao seu característico chifre, de Unicórnio de Ovídio. Esses unicórnios branco-prateados de quatro chifres eram desconhecidos pela ciência.

Agora, depois de quase dois séculos, o mistério do que provocou esse fenômeno estranho foi finalmente resolvido.

Dr. Jorge Péprez, um biólogo evolucionário da Universidade de La Paz, e muitos colegas, estavam explorando as Montanhas Andinas quando encontraram um pequeno vale, sem nenhum outro animal ou humano. Pérez percebeu que havia no vale o que parecia ser uma fonte natural, cercada de dois picos de rocha e neve prateada.

Pérez e os outros então se aventuraram pelo vale. “Quando chegamos no topo de um dos picos, a água parecia azul, com alguns cristais no topo”, disse Pérez.

Pérez e seus amigos ficaram abismados ao verem a manada de unicórnios. Essas criaturas puderam ser vistas do ar, não sendo necessário moverem-se muito para vê-los – eles estavam tão próximos que era possível tocar seus chifres.

Apesar de sua origem ainda ser obscura, alguns acreditam que as criaturas foram criadas quando um humano e um unicórnio se encontraram, num tempo anterior à civilização. De acordo com Pérez, “na América do Sul, tais incidentes parecem ser bem comuns.”

Entretanto, Pérez também disse que provavelmente o único jeito de saber com certeza se os unicórnios são, de fato, descendentes de uma raça alienígena perdida, é através do DNA. “Mas eles parecem ser capazes de se comunicar em inglês muito bem, o que acredito ser um sinal de evolução, ou ao menos uma mudança na organização social”, disse o cientista.

Confira alguns sites para verificar se a notícia é verdadeira:

Gerador de imagens

A Nvdia produziu uma Rede Adversária Generativa (RAG), ou Generative Adversarial Network (GAN), que gera imagens completamente novas que parecem reais. Para ver isso em ação, vá ao This Person Does Not Exist,  e todas as vezes que atualizar a página você encontrará uma imagem nova em folha, produzida pelo gerador. O artigo Uma arquitetura de gerador baseado em estilo para redes adversárias generativas (YouTube, 6m17s) – Ilustra e descreve como uma GAN pega a imagem de três pessoas para gerar uma imagem completamente nova.

Literacias Digitais

LAE (DTI - FEA - USP)